2 de set. de 2009

:: um copo d'água, por favor


Havia essa porta chamada "prontidão" e muitas telhas no meio do caminho das nossas pernas (sim, de certa forma estávamos de pontacabeça); foi um trajeto ensolarado e não levamos chapéu: um dia a gente aprende. Seu Carlos estava lá justamente pra ensinar. Ele mora na vila e nos disse quando acabou o passeio: sabe, eu cansei de descansar. Seu Carlos tinha feito o convite para dar uma volta nas redondezas da ferrovia na noite passada. Foi uma manhã quente e a gente ouvia a sua voz e tanto que agora somos capazes de reconhecer. Nossa pele ficou vermelha e nossos sentidos cozinhando um prato rico em ferro, com tom de pitanga que colhemos no meio do caminho - tudo um pouco ardido, mas só um pouco. A prontidão estava meio abandonada e a gente achou. É muito.

Veja as fotos do passeio clicando aqui, e Seu Carlos, o anfitrião.

3 comentários:

  1. alem do desgaste fisico, parece que fui tomado por sentidos pesados... ver tudo aquilo e ouvir a voz serena de seu Carlos, fez do corpo algo de revolta...

    as fotos ficaram boas heim...


    paz

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  2. e não é que já tô com saudade de estar por lá...

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  3. Passando pela curva do cascudo vi as linhas do trilho do trem, paralelas uma à outra, e quando faziam a curva não conseguia enxergar o fim. Pareciam que iam caminhar infinitamente sem se encontrar, caminhando lado a lado, mas sem nunca se aproximar. Mediadas apenas pelos tocos de madeira colocadas embaixo da linha de ferro.
    Como se fossem pessoas próximas que nunca de fato conseguissem se relacionar.

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