Havia essa porta chamada "prontidão" e muitas telhas no meio do caminho das nossas pernas (sim, de certa forma estávamos de pontacabeça); foi um trajeto ensolarado e não levamos chapéu: um dia a gente aprende. Seu Carlos estava lá justamente pra ensinar. Ele mora na vila e nos disse quando acabou o passeio: sabe, eu cansei de descansar. Seu Carlos tinha feito o convite para dar uma volta nas redondezas da ferrovia na noite passada. Foi uma manhã quente e a gente ouvia a sua voz e tanto que agora somos capazes de reconhecer. Nossa pele ficou vermelha e nossos sentidos cozinhando um prato rico em ferro, com tom de pitanga que colhemos no meio do caminho - tudo um pouco ardido, mas só um pouco. A prontidão estava meio abandonada e a gente achou. É muito.
Veja as fotos do passeio clicando aqui, e Seu Carlos, o anfitrião.
Veja as fotos do passeio clicando aqui, e Seu Carlos, o anfitrião.
alem do desgaste fisico, parece que fui tomado por sentidos pesados... ver tudo aquilo e ouvir a voz serena de seu Carlos, fez do corpo algo de revolta...
ResponderExcluiras fotos ficaram boas heim...
paz
e não é que já tô com saudade de estar por lá...
ResponderExcluirPassando pela curva do cascudo vi as linhas do trilho do trem, paralelas uma à outra, e quando faziam a curva não conseguia enxergar o fim. Pareciam que iam caminhar infinitamente sem se encontrar, caminhando lado a lado, mas sem nunca se aproximar. Mediadas apenas pelos tocos de madeira colocadas embaixo da linha de ferro.
ResponderExcluirComo se fossem pessoas próximas que nunca de fato conseguissem se relacionar.