18 de fev. de 2015

:: Perfil :: Silvia Razuk




:: Carbono-14 ::
Nasceu em Campo Grande no dia 01 de Novembro de 85. Às 23:45. Era uma sexta à noite e seus pais estavam saindo para uma festa de aniversário.

:: Memória corporal ::
Ainda se lembra de quando entrou pela primeira vez na Escola de Dança Isadora Duncan. Queria porque queria fazer ballet. Mas o que a fascinava de verdade era a música. Ou melhor, o piano lindo e imponente na sala de aula. Tudo bem que ele só era tocado nos dias de exame da Royal, mas era instigador tê-lo como cúmplice e observador durante as aulas. Aí a coluna começou a doer. Doíam os pés também. Tudo incomodava. Aquela dança não cabia mais nela. Ou ela não cabia mais naquela dança. Parou. Foi fazer ginástica, natação e sei lá mais o que. O movimento sempre foi pra ela algo essencial. Vital. O fôlego. Não conseguiu ficar longe da dança por muito tempo. Voltou pro ballet e pra dança moderna. Ufa! Isso sim é legal! E então começou a intuir que mais do que hobby a dança seria sua profissão. Chegou na faculdade sem saber muito o que era a tal da Dança Contemporânea. Mas ficou. E gostou. A dança se tornou terapêutica; terapia. Uma fuga, uma viagem, algo bem concreto. Osso. Pele e respiração. Depois a dança virou trabalho, burocracia. E continua na memória e continua presente, no presente.  

:: Pedaço de papel importante para sociedade ::
- Graduada em Dança, bacharel e licenciatura, pela Universidade Anhembi Morumbi (SP)
- É dançaterapeuta formada pela Associazione Sarabanda (IT)
- Às vezes pensa em fazer mestrado, mas tem muita preguiça das formalidades e burocracias da academia.

:: O ganha pão ::
Dá pra viver da Dança? Ela tenta.  É professora, intérprete-criadora, já se arriscou na produção, mas não é seu forte. Usa a Dança também como ferramenta terapêutica. Agora está com vontade de se arriscar na direção, na provocação, na composição. Jogar faíscas mais do que estar em cena. Estar no palco é sempre uma questão.

:: O que te move ::
Crer em Deus e na vida eterna é o que a faz sair da cama todas as manhãs. Mas enquanto está aqui, contida nesse corpo físico é movida pelo movimento. Movimento espiritual, movimento emocional, movimento físico. É movida pelas efemeridades; mudanças. Empatia, compreensão. Troca. O ser humano a instiga. Conhecer o artista mais do que arte. Conhecer a essência mais do que a palavra. Conhecer o som e o silêncio mais do que a música. Observar. Ela ama poder simplesmente observar. E contemplar é um dos seus verbos favoritos.   

:: No Conectivo ::
Entrou para dar aula de Dança Contemporânea; uma espécie de preparação corporal para os intérpretes. Daí surgiu um espaço no trabalho Inocência e lá foi ela dançar.

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