Nossa prática dos últimos dois dias da semana foi a seguinte: sortear criadores e performers para um trabalho criativo com temas também sorteados. Essa opção foi um desvio proposto pelo Luis para que a gente entrasse em um processo de produção intenso que vai durar até a próxima Terça-Feira. Serão quatro dias seguidos de criações. No primeiro dia fui performer. No segundo, fui criadora. E o meu tema foi: LO DOBLE NO SIEMPRE INDICA UNA DIVISION. Ah, hablados acá el Portunhol (rs). O tempo que temos para a criação é de três horas e ao final os trabalhos são apresentados. Neste dia mesmo estive lendo o livro da Thereza Rocha/Marcia Tiburi que falava justamente sobre isso. Usei então a ideia de movimento/parada ou, como no texto, passagem/paragem. "Se pensarmos o movimento e a pausa, dicotomia definidora da dança na modernidade, como antitéticos entre si, poderíamos instaurar aqui, na passagem-paragem, um jogo que se definiria por um terceiro campo não sintético diverso de cada um dos dois pontos de onde partiu, uma zona fronteiriça, híbrida, e de livre trânsito em parado". Propus então que um performer, manipulasse o outro, posicionando-o, calmamente, como se os movimentos fossem frames. Enquanto um pensava qual movimento faria com o outro, e estava em movimento, o outro aguardava ser manipulado, em parado. E assim sucedia a cada novo pensamento/ação até que não se identificasse mais o movente. As fotos são da Raíssa Ralola.
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| Performers Luisa Coser e Henrique Castro |
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| Fotos de Raíssa Ralola |
Palavra do dia: dicotomia?
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