[...]
“Toda essa mão para fazer um gesto
que de tão frágil nunca se modela”
[...]
E as memórias escorrem do pescoço,
do paletó, da guerra, do arco-íris;
enroscam-se no sono e te perseguem,
á busca de pupila que as reflita
E depois das memórias vem o tempo
trazer novo sortimento de memórias,
até que, fatigado, te recuses
e não sabe se a vida é ou foi
[...]
Carlos Drummond de Andrade
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