26 de nov. de 2009

:: vitamina C

É tarde, é tarde, é tarde até que arde, dizia o coelho que a Alice perseguia. A gente anda atrás de muitos coelhos, ficando pequeno e gingante, procurando a chave da casa que a gente habita. Acabei de chegar do espetáculo do Dançurbana, grupo que é meio cumplice nosso e nós deles, desse crime de andar com as próprias pernas. Era tão mais fácil ser filho: mãe, traz água? Chico, como eu resolvo esse movimento? Assim a gente aprende a respeitar mais os nossos mestres. Eu disse mais. É tarde, meus olhos ardem e vai lá, não vou dormir tão cedo, tem um bando de coisa pra fazer que esse nosso filho, o me=morar, ta gritando pra gente levar pra ele crescer bonito. E pra resolver isso, a gente anda entrando em estados absurdos, feito sorriso sem gato, feito Jack Nicholson do lado de fora da janela. Mas acontece que o interfone tocou e estava a Júlia e o Werther na porta, trazendo um suco pra mim. Daí eu me derreto. E são tantos anjos envolvidos nesse projeto e tantas mães fazendo turno pra gestar este espetáculo que ao contrário do que houve com a Alice, não dá vontade de acordar. E olha que eu nem dormi ainda e já faz tempo. Hoje é minha vez de tentar pegar este coelho e eu não sou a única.

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