7 de abr. de 2009

:: Perfil :: Luiza Rosa






:: Carbono-14::
Nasceu em Campo Grande às 9:30 da manhã de uma quarta-feira chuvosa - 18 de maio de 1986.

:: Memória Corporal::
Aos três anos adorava dançar lambada. Seus ídolos eram Leandro e Leonardo, Daniela Mercury e, claro, Beto Barbosa. Ensinava aos amigos dos seus pais como o quadril deveria se portar para que seguisse o ritmo dançante. Na infância gostava de descobrir e enfrentar os limites do próprio corpo: já fraturou os dois pés num mesmo ano, deu pontos no queixo depois de brincar de skate com o irmão, teve de enfaixar a mão esquerda após encontrar uma parede de concreto no fim de uma ladeira em que descia de patins, rasgou a pele da panturrilha esquerda na tentativa de escalar um mastro de bandeiras, quase se afogou no rio Miranda, descobriu maneiras esquisitas de movimentar as articulações dos dedos das mãos e a barriga, o que lhe rendeu fama entre os amigos... Devido à dose excessiva – porém saudável, acho – de agitação cinética, sua mãe buscou nas aulas de balé um recurso para conseguir dormir à noite e ver sua filha dormir também como um anjo. Conseguiu! Sua primeira frustração na dança foi em seu primeiro espetáculo: queria ser coelhinho e acabou sendo rato. Seu primeiro papel divertido foi de aranha, em que tinha teia, antenas e bumbum ressaltado por frufrus de tafetá! Passou por técnicas de dança cênica como o sapateado, jazz, moderno e dança contemporânea. A menina moleca começou a namorar aos 18 anos e se permitiu demonstrar e descobrir sua feminilidade – não lidava bem com os incômodos vermelhos mensais e nem com as transformações corporais da adolescência. Durante estas descobertas femininas, foi integrante da Ginga Cia de Dança por 4 anos e integra, agora, o Coletivo Corpomancia. Descobriu que adora maracatu e samba e não quer mais parar de descobrir e dançar danças populares. Atualmente experiencia metais e borrachas inconvenientes em seus dentes e no céu da boca..tratamento ortodôntico que também poderia ser denominado “tortura”.

:: Pedaço de papel importante para a sociedade::

- É graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2007)
– Meu projeto experimental foi um vídeo documentário sobre educação não-sexista. Foi uma tentativa de colocar em diálogo pressupostos biológicos e culturais tendo como ponte o corpo e uma tentativa também de levar materiais didáticos interessantes (não enfadonhos) para as escolas.

- É pós-graduanda em Dança (UCDB).
:: O ganha-pão ::
Projetos em Jornalismo e Dança – profissional liberal. Já tentou dar aulas de dança contemporânea e jogos corporais e agora dá um tempo para se aprofundar nos estudos em dança e comunicação social. Também já foi integrante da equipe de comunicação de uma organização não-governamental socioambiental, e optou por descobrir, fora de lá, relações entre corpo, cultura e meio-ambiente.


:: O que te move ::
Pesquisar, conhecer, admirar, dançar, aprender, amar, descobrir, conviver, amadurecer. Acho que o infinitivo desses verbos expressa o que me move agora e acho que vai me mover por um bom tempo – apesar de achar que a linha da vida da minha mão é meio curta...será?

:: No Conectivo ::

Meio perdida, sofrendo um pouco o luto das pequenas mortes da faculdade e do sobrenome “Ginga”, começou reclamando de muita coisa e decidiu parar de reclamar e fazer acontecer!! Ainda engatinha na capacidade de se comunicar e produzir/criar COLETIVAMENTE, pois que sua personalidade lhe faz uma pessoa com qualidades de movimento de tempo rápido, espaço direto e peso forte e gosta de criar entremeios fluxos súbitos de inspiração. Ainda está construindo seu papel no coletivo.

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