Depois da nossa reunião de ontem (12.12.2011), me instiguei por toda nossa conversa e escrevi um texto que diz, ou tenta dizer, um pouco sobre o nada em ser cidade.
Transcorre entre suas nervuras cores que cintilam, mesmo que muitas vezes pálidas, são vidas, fragmentos poéticos que instauram o ordinário ao suor de quem passam conectados ou não conectados, caminha, reflete na luz do dia e nas emendas factíveis para suas lamurias noturnas, de sonhos que se assemelham ao desespero comum. Suas ruas, seus passos desengrenados por uma engrenagem quase abstrata, quebra e re-faz cada detalhe como um bêbado que volta para casa. A cidade se deleita em sua própria imagem, codifica-se na tentativa de se dar nome, dar-se um sentido em sua imensidão de olhos paralisados e caminhantes, com ouvidos um pouco abafados e a pele seca. Ela almeja o destemido quando escurece e banha-se com o possível quando se levanta, descobre suas faces imersas em devaneios que sobem até os extremos, para encontrar no chão a frágil realidade.
foi...
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