18 de nov. de 2009

Sobre os usos do passado e do presente, de Achugar (recorte)


“[...] é importante compreender o processo de formação da identidade histórica, primeiro no nível individual e, depois, no mais amplo do grupo. Nietzsche [...] argumentou que o homem se diferencia da vaca no campo por estar afligindo pela memória. Sua memória é como uma folha “agitada pelas voltas do tempo, afasta-se flutuando – e, de repente, regressa flutuando novamente e cai no colo do homem”. Portanto o homem vive no tempo imperfeito. Deve estender sua compreensão de si mesmo no passado e no futuro ao mesmo tempo e não pode viver inteiramente no presente. O tempo presente é, apenas, um pestanejar sem substancia e flutuante na luz do ser do homem. Não é possível apoderar-se dele sem interpretar seu progressos através do passado; e, a partir dali, sua trajetória no futuro. (Kosalka, tradução de Achugar para o espanhol)”

2 comentários:

  1. Nossa! Esse texto é incrível! Com um embasamento como esse o trabalho de vocês só pode estar ficando admirável!! Estou louca pra ver!! Beijão pra todos!

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  2. engraçado, né, como é isso do processo de criar. esses estudos que o Yan trouxe pra gente - e outros que a gente foi buscar ou achou por aí porque estava com a atenção voltada para o me=morar, já me deram muitas reações:

    - de serem fundamentais pra construir um pensamento para o espetáculo;
    - de serem como um enfeite para o que a gente estava por criar;
    - de fazerem sentido quando a gente cria o movimento;
    - de não fazerem parte da criação do movimento;
    - de olhar para o que foi criado e conseguir justificar aquilo no pensamento de outra pessoa e com isso me sentir um pouco mais segura com o que estamos fazendo;
    - de achar essa segurança que os textos trazem uma besteira enorme porque o me=morar vai ter que falar por ele mesmo e deveria conduzir as pessoas a estes pensamentos e não o contrário;
    - de que quanto mais a gente souber, melhor, que a gente encare esse conhecimento como um desafio para pensar a partir dele e não como uma afirmação dele...e que a gente deixe o me=morar tomar a forma que deveria ter, e o tamanho que a gente possa dar, mesmo que seja um tamanho menor do que as nossas espectativas. É nessa fase que eu estou agora, hehe.. que venham outras.

    também estou louca pra ver o resultado, Silvia, e está ganhando forma, ai ai ai... tb to louca pra te ver lá, vendo. beijão enorme!!!

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