8 de out. de 2009

"Os paradoxos do sentido", de Gilles Deleuze

“Não é de admirar que seja mais fácil dizer o que o sentido não é do que dizer daquilo que é. Com efeito, nunca podemos formular ao mesmo tempo uma proposição e seu sentido, nunca podemos dizer o sentido daquilo que dizemos.”
“Assim definido, o sentido é apenas um vapor movendo-se no limite das coisas e das palavras. O sentido aparece aqui, após um dos mais potentes esforços da lógica, mas como ineficaz, estéril, incorpóreo, privado de seu poder de gênese. Lewis Carroll fez um cômputo maravilhoso de todos estes paradoxos: o do desdobramento neutralizante encontra sua figura no sorriso sem gato, com a reduplicação proliferante encontra sua figura no cavaleiro que dá sempre um novo nome ao nome da canção – e, entre estes dois extremos, todos os paradoxos secundários que formam as aventuras de Alice.”


*recortes de textos usados no processo do me=morar

Nenhum comentário:

Postar um comentário