Fizemos no quarto dia da residência um trabalho intenso, com o propósito de se chegar aos limites de cada um, a procura de um estado de exaustão. Já havia ouvido falar desse trabalho por meio da Denise que vivenciou com o Grupo Lume de Campinas, uma atividade como essa (denominada por eles de Treinamento Energético). A nossa proposição de hoje foi encabeçada pela Natália de São Paulo que havia tido uma experiência com uma colega da Unicamp. Ela teve ajuda do Graco de Fortaleza que também conheceu o treinamento energético com o próprio Lume. O trabalho busca quebrar os vícios dos participantes com o intuito de fazer uma limpeza. Não há regras determinadas, a única regra é não parar nunca. Denominei isso de experiência zero. O criador do Lume, Luis Otávio Burnier esclarece que "quando o ator atinge o estado de esgotamento ele conseguiu, por assim dizer "limpar" seu corpo de uma série de energias "parasitas" e se vê no ponto de encontrar um novo fluxo energético mais fresco e mais orgânico que o precedente". E foi assim que me senti. Uma energia que aquece a aflora de dentro para fora. Vai para a pele e é como se você conseguisse visualizar um outro você saindo pelos poros. E o mais interessante é que mesmo nos momentos mais tensos (em que você tem vontade de vomitar e que te dá uma dor de barriga danada) você tem que controlar a energia interna a 100% mesmo que a sua ação externa (dinâmica de movimento) esteja somente a 5%. Em seguida passamos para um estudo sobre permanência: ficar em uma posição pré-determinada por 30 minutos, sem se mexer, apenas observado o seu corpo em "ação". Posso dizer que foi um aprofundamento, literalmente, daí se explica a foto abaixo, que foi tirada pelo Graco depois que acabou o meu tempo na imobilidade.
Palavra do dia: limites
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